É na vertente de crónica a tender para a monografia que coloco este Dos Segredos de Cascais (…), sequela dos dois volumes precedentes [Recantos de Cascais e Cascais e os seus Cantinhos] (…). Desde logo se detecta uma carga afectiva que irmana sítios e pessoas (…). O registo factual do que vai acontecendo na cena da pequena história abrange não só o que se interpreta mas também quem interpreta. A tentação da actualidade, ao excluir juízos de fundo acerca dos aspectos do real (…) é largamente compensada por um conjunto de informações que, a salvo do destino precário da publicação em jornal, torna visível, dos pontos de vista didáctico e de identidade, a enorme utilidade de que se reveste o livro para o estudo e a compreensão do historial da terra (do Prefácio) Há, porém, cantar de sereias!… A vontade de ir mais além, mais para junto do mar, ali a onda rebenta e o peixe há-de picar mais!… Desce a maré e vem subindo também, lenta, sem alvoroço. Eis, senão quando… a enchia! E é o inferno!

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